O Morango do Amor e o Evangelho que Não Pode Ser Vendido
Em apenas duas semanas, o Brasil inteiro se rendeu à febre do morango do amor. Vídeos, hashtags, filas, sensualizações, marketing. Mas se você parar para olhar de perto… não tem nada demais ali. É só um morango com uma cobertura vermelha. E mesmo assim, virou mania nacional. Por quê?
A resposta não está no sabor. Está no algoritmo.
Sim, estamos diante de um produto de marketing — criado, impulsionado e viralizado por máquinas que decidem o que você vai sentir, desejar e consumir. Isso não é sobre morangos. É sobre como já não escolhemos mais o que pensamos, nem o que amamos, nem o que odiamos. As decisões são moldadas por algoritmos que alimentam nossos desejos mais rasos, polarizam nossos afetos e vendem emoção como se fosse fé.
Mas sabe o que assusta? Esse mesmo espírito já invadiu a Igreja.
Hoje, muitos templos funcionam como franquias religiosas. O produto é Jesus. O ambiente é instagramável. O culto é um show. O púlpito, um palco. Tudo cuidadosamente planejado para “atrair o público”, mas cada vez mais longe da doutrina dos apóstolos.
Estamos vivendo a era do evangelho algorítmico, onde o que importa não é mais a verdade, mas o engajamento. Não é mais o arrependimento, mas a autoajuda. Não é mais a cruz, mas o carisma. E enquanto isso, a ortodoxia vai sendo deixada de lado, porque parecer relevante se tornou mais importante do que ser fiel.
Mas o evangelho verdadeiro não é tendência. Ele não se molda à cultura. Ele confronta o pecado, chama ao arrependimento, oferece graça e exige obediência. Jesus não veio montar um mercado, Ele veio estabelecer o Reino.
É hora de acordar.
É hora da Igreja voltar à doutrina, à verdade, à Palavra de Deus. De rejeitar o show vazio e abraçar a vida piedosa. De parar de vender o que não pode ser comprado: a fé, a salvação, a presença de Deus.
Se até um simples morango coberto de açúcar consegue virar o país de cabeça para baixo, imagine o que aconteceria se a Igreja voltasse a pregar com poder, santidade e fidelidade.
Que nosso evangelho não tenha gosto de moda, mas o peso da glória de Deus.